19.11.2024

Você sente obrigação de seguir todos os seus amigos nas redes sociais?

Você conhece algumas pessoas que são incríveis no offline, mas meio chatas online? Ou o contrário: aquela gata que é divertidíssima nas redes, mas pessoalmente não é tudo isso? Se você tem uma vida ativa na internet, provavelmente já encontrou esses extremos.

Mas o ponto aqui não é exatamente sobre isso. É sobre a pressão social de seguir todos que amamos no mundo real, mesmo que o conteúdo online deles não seja do nosso interesse. E, sinceramente, eu ainda não tenho uma resposta definitiva sobre o que é “certo” ou “errado”. Será que deveríamos nos liberar dessa obrigação ou aceitar essa dinâmica como parte das relações do nosso mundinho atual?

O fato é que muita gente hoje segue amigos, familiares e conhecidos não porque adora o que eles postam, mas por puro compromisso social. E, convenhamos, isso pode ser bem chato.

A etiqueta virtual e suas regras invisíveis

Vou dar um exemplo pessoal (sem expor ninguém, prometo!): tenho uma pessoa muito próxima — alguém que amo de paixão no mundo offline. No dia a dia, é aquela companhia que eu adoro ter por perto. Mas online… os posts dessa pessoa não me conectam. Não são ruins, mas simplesmente não são a minha vibe (neste caso, as vezes acho que nem a da pessoa em si… mas isso é tema pra outro post). E isso me deixa num dilema: se deixo de seguir, poderia soar como uma declaração de desamor ou, pior, criar um mal-estar desnecessário.

Por que não podemos simplesmente dizer: “olha, seu conteúdo não é muito minha cara, mas te amo na vida real”? Em vez disso, acabamos presos em um ciclo de curtidas, comentários e interações superficiais — muitas vezes apenas para evitar conflitos.

E ainda tem mais: o algoritmo das redes sociais já dificulta o alcance orgânico do conteúdo. Quando interagimos por obrigação, acabamos sacrificando a chance de ver publicações que realmente gostamos. No fim, é uma dança complicada de etiqueta digital, escrita por regras que ninguém formalizou, mas que todos seguimos.

Precisamos repensar nossas interações digitais.
Precisamos?

A questão aqui é: até que ponto o nosso comportamento nas redes é ditado pela necessidade de agradar? Estudos mostram que as interações online são uma extensão das nossas conexões no mundo real, mas podem distorcer as dinâmicas sociais. Eu li uma pesquisa que dizia que 54% das pessoas admitem que a pressão para manter uma imagem ou agradar no ambiente digital é uma fonte significativa de estresse. E no meu dia a dia criando conteúdo para pessoas e marcas, vejo que talvez este número seja ainda maior, tá?

Talvez seja hora de repensar como lidamos com essas “obrigações”. Afinal, seguir alguém nas redes deveria ser uma escolha baseada em afinidade com o conteúdo, e não em culpa ou medo de desagradar.

E você, como lida com isso?
Essa pira é só minha?

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