29.07.2019

Nossa linda juventude

Reciclando uma reflexão do meu bloco de notas, e somando alguns pensamentos recentes, queria trazer um questionamento pra cá: em que momento deixamos a nossa juventude pra traz?

Maria – minha nenê – esteve aqui comigo esses dias e no alto da maturidade dos seus 17 anos me deu uma saudade da Ana adolescente e um orgulho de nos ver por olhos tão cheios de planos e sonhos de quem ainda vai começar a pensar em carreira, boletos e afins… Saudades das crises de riso por coisas bobas? Saudade de contar meu dia todo pras amigas – mesmo que meu dia tenha sido ver TV. Em que momento começamos a separar as “coisas importantes serem ditas” e esquecemos de falar do dia a dia, do trivial.

Saudade já.

Saudade de dar valor a coisas lindas e sem importância – afinal, quem decide o que importa ou não?

Vejo essas postagens dizendo “o que você de hoje diria pra si mesmo de anos atrás?” – Ôô gente, eu acho mesmo é que a Ana de 17 anos podia me dar umas dicas.

Acho que a Ana de 17 anos ia pirar com a Ana de 29 – onde eu estou, tudo que eu passei, a minha vida hoje – e eu achando tudo tão normal. Bem sincera: não é que eu não dê valor, porque eu dou sim, e muito. Mas se eu me visse com meus olhos de 17 anos, NOSSA… e sabe o pior? Ou melhor… essa eu de 17 anos tinha certeza que era capaz, ela não duvidou nem por um instante.

E você? Lembra de quem você era, seus sonhos, as coisas pequenas que te deixavam feliz. A crença em si mesmo, a certeza que era o dono do mundo – e não é?

A sua essência.

Ela tá inteira na sua juventude, sem os medos da tal maturidade. Ela tá lá cheia de respostas sobre amor próprio, felicidade, e até carreira. Ela tá sem medo, sem filtro, sem pudor – e você aí achando que pode dar conselhos pra quem você já foi? Todos os conselhos que precisamos estão lá na nossa linda juventude, como cantou 14 Bis.

Se a Ana Helena tivesse uma dica pra Ana Helena acho que teria sido: vai sem medo.
E pra alegria dela, eu até que to indo….

ACABOU

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