Vai ter relato da minha mamoplastia redutora, siiiim! Eu já estava querendo fazer e, aproveitando que hoje acordei inspirada, decidi vir escrever algumas coisas depois do box de perguntas no Instagram que foi sucesso. Mas vou falar mais sobre a minha experiência, escolhas, motivos que me levaram a fazer, etc.
Alerta de textão sincero por aqui, mas não desistam de mim… vocês vão gostar de ler o que a franjolinha aqui tem pra dizer!
Essa é a pergunta que eu mais tenho escutado. “Camila, pq vc decidiu fazer essa cirurgia?”, “Mas Camila, era necessário mesmo?” ou então “Camila, eu nunca tinha reparado que vc tinha tanto peito assim”. Pois é, gente! Quando nós não gostamos de alguma coisa em nosso corpo, a primeira coisa que fazemos é: esconder.
Eu sempre usava blusas ou tops (nunca usava sutiã pq me incomodava DEMAIS) que escondiam meu peitinho (vou usar bastante essa palavra, tá?). E acho que desde os 20 anos (eu tenho 27) eu comecei a procurar, fui ao médico, lia sobre isso na internet… além de falar com as pessoas da minha família: minha mãe, minha tia e primas que também já fizeram (família de peito né, mores), mas as prioridades acabavam sendo outras: faculdade, viajar, estágio, trabalho, mudança, casamento e até que, por fim, esse ano tive a oportunidade de fazê-la.
E eu decidi fazer mamoplastia redutora por vários motivos: eu não encontrava sutiã que me agradasse, biquíni então… era uma novela encontrar um que eu gostasse! Infelizmente os biquínis ainda seguem muito o padrão do corpo perfeito (os que me serviam eram aqueles com estampas de vó, na maioria das vezes): os mais bonitos são minúsculos – falando na minha opinião, tá? Às vezes o que é feio pra mim, pra você não é. Nunca usei decote na vida (acho até que não é algo que combina muito comigo, mas também nunca usei um pra ver) e muito menos blusinha de alcinha, já que nunca pude não usar sutiã, né?
Então, sim, pra mim era muito necessário! Não sentia dor nas costas, nem nada… mas ficava muito incomodada no calor, principalmente. Aquela coisa me esquentando e com blusas nada fresquinhas! Vocês podem reparar que nunca tenho foto na praia, de biquíni, camisetinhas, decotinhos, etc.
Jamais!
Uma coisa que eu e a Ana sempre pregamos aqui, é: Não somos meninas com corpos perfeitos e não seremos. É claro que a gente faz nossos exercícios, tomamos nossas coisinhas naturais da @drogaria_silva, tentamos equilibrar nossa alimentação e não deixamos de comer as coisas que gostamos – sim, gente! nós comemos batata frita, Mc Donald’s e não tem nada de errado com isso – porque não fazemos isso todos os dias. Então se vocês esperam que sejamos noiadas com nossos lanchos e cervejas/vinho, continuem esperando – haha. E leiam esse post aqui.
Então voltando ao assunto – mamoplastia redutora – eu não fiz essa cirurgia buscando ter um corpo perfeito mas, sim, melhorar uma coisa no meu corpo que me incomodava MUITO. E, pra começar, pra tomar a decisão de fazer uma cirurgia (eu, que sou muito cagona), era algo que eu tinha que querer muito mesmo!
Eu até brinquei com a Ana essa semana e falei assim: “Miga, agora que eu não tenho mais peito e consigo ver minha barriga, percebi que preciso de uma abdominoplastia”. Mas não, não é algo que eu faria – pelo menos não tenho esse pensamento real e nem tenho nada contra quem queira fazer, muito pelo contrário: eu super incentivaria uma pessoa que estivesse querendo passar por esse processo. Mas foi só uma brincadeira que eu fiz e que eu sei que voltando a praticar exercícios e comendo melhor (comer melhor é bem diferente de não poder comer nada), eu consigo.
Se vcs querem colocar silicone, fazer mamoplastia redutora, abdominoplastia, seja lá o que for… é um desejo seu e ninguém tem que nos dizer o que é certo ou errado.
Muitas pessoas perguntaram no Instagram se o plano de saúde cobriu a cirurgia, se foi caro, qual a forma de pagamento, etc. Então vamos lá!
O plano não cobriu a cirurgia, mas a consulta e os exames pré, sim. Vamos usar uma frase que aprendi que é: “o caro é relativo”, né? Então uma coisa que é caro pra uma pessoa, pra outra não é – nem precisava explicar a frase, né?
Complementando com outra que eu amo: “carro apertado é que anda”. Que é o meu caso! Eu e a Ana começamos há pouco mais de um ano a empreender, gente! – citando o que falamos no último Papo Extraordinário: eu sou muito privilegiada! Mas por ser branca, classe média e por nunca ter sofrido preconceito em relação à pessoa que gosto, traduzindo: ser hétero.
Então só por aí eu já sou muitíssimo privilegiada, e estou retomando esse assunto porque não costumamos dar valor às pequenas coisas que temos – então, não, eu não tinha a grana pra cirurgia assim que eu saí da consulta. Antes de fazer uma cirurgia plástica, eu sou privilegiada por pequenas coisas.
Eu saí do consultório certa de que eu queria fazer! Até liguei pra minha mãe, pra Ana, pra poder contar como tinha sido e pensei: poxa, não tenho dinheiro! Tanto que nem cheguei a marcá-la assim que saí da minha conversa com o médico.
Daí foram meses de trabalho. O Felipe, meu pai e minha mãe me ajudaram bastante, digamos que com quase tudo, mas sei que isso veio do trabalho deles e esforço de juntar um dinheirinho pra me ajudar.
Então o conselho que eu dou é: se vocês querem, marquem pelo menos uma conversa com o cirurgião de confiança de vocês. A princípio, pode parecer difícil! Mas cirurgia plástica não é coisa dos Deuses e nem uma viagem pra Dubai, meu povo. É super possível sim… Existem formas de pagamento e uma coisa é certa: quando é algo que queremos muito, a gente faz acontecer! – Camila motivacional.
Como eu falei nos stories do Instagram, eu não tive a menor dúvida quanto ao profissional que eu escolheria caso fosse fazer. Há uns 6, 7 anos atrás eu olhei com outras pessoas, mas eu tinha esperança de ainda conseguir fazer pelo SUS, como minha mãe (eu saí marcando ortopedista, cirurgião plástico, tudo só por curiosidade). Mas já desde esse época quando eu estava pesquisando, era difícil. A não ser que sejam apresentados problemas sérios de saúde em relação aos peitinhos que prejudicam o corpo.
Então como na minha família tem várias pessoas que já fizeram (como eu disse, mulheres de peito haha), eu fui perguntando pra todas com quem cada uma tinha feito. E aí, minhas tias falavam: “o peito da Tia Cida é o mais perfeito”. E, por coincidência, ela fez com o mesmo cirurgião que da minha mãe fez (que também ficou lindo): o Dr. Lindomar Delgado. Daí logo eu fui pesquisar: vi que ele tinha uma clínica (Clínica Lindomar Delgado), uma equipe multidisciplinar, atendia pelo meu plano e… bingo! Marquei minha consulta e saí de lá com muita certeza do que eu queria.
A equipe é mais que legal, eles são humanos! Desde a consulta, até quando o Dr. Thiago (filho do Dr. Lindomar, que também é cirurgião plástico – as receitas de sucesso têm que ser passadas pra frente né, mores – pelo o que eu entendi, eles trabalham juntos em todos os processos) me ligou um dia antes da cirurgia – gente, essa ligação fez total diferença pra mim, eu tava muito nervosa (fingi de plena no telefone, mas tava tremendo na base) – pra saber se estava tudo bem, dar umas orientações, etc, até o momento em que cheguei lá, entrei pro centro cirúrgico, conversei com o Dr. Lindomar (s2222222 sério, quando meu peitinho melhorar, vou dar um abração nele, tenho certeza que em Grey’s Anatomy ele seria o personagem mais querido).
Falei pra ele que eu queria meu peitinho beeeem lindo e pequeno, conversei com a enfermeira, anestesista, instrumentadora e… dormi! E acordei com meu tão desejado peitinho!
Esse post ficou maior que eu imaginava, afinal, eu quero contar tudo com detalhes pra vocês! Mas uma coisa eu posso dizer: que eu tô muito realizada! E na parte II, vou falar sobre a hora da cirurgia (o que eu lembro né, gente kkkk), anestesia (já quero mais), do depois, como estou agora e mais o que vocês quiserem saber! <3
Mas mais uma vez: se vcs querem muito fazer uma cirurgia plástica (mamoplastia redutora ou o que for), procura o médico de confiança de vcs ou pesquise algum. Não podemos ficar pensando que é impossível, que não temos dinheiro ou que vai dar algum problema na cirurgia! Se for pra nos fazer bem, não tem problema nenhum em mudar algo que não gostamos!