Maria – minha nenê – esteve aqui comigo esses dias e no alto da maturidade dos seus 17 anos me deu uma saudade da Ana adolescente e um orgulho de nos ver por olhos tão cheios de planos e sonhos de quem ainda vai começar a pensar em carreira, boletos e afins… Saudades das crises de riso por coisas bobas? Saudade de contar meu dia todo pras amigas – mesmo que meu dia tenha sido ver TV. Em que momento começamos a separar as “coisas importantes serem ditas” e esquecemos de falar do dia a dia, do trivial.
Saudade de dar valor a coisas lindas e sem importância – afinal, quem decide o que importa ou não?
Acho que a Ana de 17 anos ia pirar com a Ana de 29 – onde eu estou, tudo que eu passei, a minha vida hoje – e eu achando tudo tão normal. Bem sincera: não é que eu não dê valor, porque eu dou sim, e muito. Mas se eu me visse com meus olhos de 17 anos, NOSSA… e sabe o pior? Ou melhor… essa eu de 17 anos tinha certeza que era capaz, ela não duvidou nem por um instante.
Ela tá inteira na sua juventude, sem os medos da tal maturidade. Ela tá lá cheia de respostas sobre amor próprio, felicidade, e até carreira. Ela tá sem medo, sem filtro, sem pudor – e você aí achando que pode dar conselhos pra quem você já foi? Todos os conselhos que precisamos estão lá na nossa linda juventude, como cantou 14 Bis.
Se a Ana Helena tivesse uma dica pra Ana Helena acho que teria sido: vai sem medo.
E pra alegria dela, eu até que to indo….